
%BANNER%
A operação preventiva realizada pela Guarda Civil Municipal (GCM) no Centro de Araraquara, no último dia 28 de maio, segue gerando repercussões na cidade. Nesta semana, o vereador Coronel Prado (Novo) apresentou o Requerimento nº 925/2025, solicitando uma Moção de Apoio à atuação da corporação.
A proposta foi respaldada por outros parlamentares. O documento, que foi assinado também pelos vereadores Balda (Novo), Cristiano da Silva (PL), Emanoel Sponton (Progressistas), Enfermeiro Delmiran (PL), Geani Trevisóli (PL), Marcelinho (Progressistas) e Michel Kary (PL), destaca a importância de ações preventivas “como ferramenta para reforçar a segurança na região central da cidade”.
De acordo com Prado, a operação envolveu abordagens, revistas pessoais e checagem de antecedentes criminais, resultando na apreensão de três armas brancas, incluindo facas e um canivete, o que, segundo o parlamentar, “reforça a necessidade do monitoramento constante da área, considerada de risco”.
Leia Também PAT Araraquara abre 63 vagas de emprego; destaque para 20 ajudantes de safra Ajude a Angela: moradora de Araraquara mobiliza campanha por doações de sangue Embraer abre novas vagas em Gavião Peixoto; veja funções e como se candidatarConcorda?Apesar do apoio institucional, de empresários, comerciantes e ambulantes, a ação da GCM não foi unanimemente bem recebida. Alguns moradores da cidade classificaram a operação como despreparada e intimidadora, principalmente pela forma como as abordagens ocorreram.
Pessoas em situação de rua relataram episódios de truculência, “A gente já não tem nada e ainda fazem isso com o pouco que a gente tenta ganhar”, relatou um morador ao explicar que durante a abordagem, guardas municipais jogaram no chão suas balas que seriam vendidas para gerar alguma renda.
Justificativa da moção de apoioNa justificativa do requerimento, os vereadores afirmam que a presença da GCM no centro é uma resposta necessária aos recentes episódios de violência, como o incêndio no coreto da Praça Pedro de Toledo, em 25 de maio, a agressão com faca que deixou uma vítima em estado grave, no dia 27, e a prisão de um foragido da Justiça por furtos e roubos em 1º de junho.
Os parlamentares também citam constantes queixas de comerciantes sobre furtos na área.
O vereador Coronel Prado defende que, mesmo quando os abordados não têm antecedentes criminais e se encontram em vulnerabilidade social, o trabalho da GCM precisa ocorrer de forma preventiva, porém respeitando os direitos fundamentais.
“A presença ostensiva é essencial para proteger quem trabalha, vive e circula no centro de Araraquara”, reforçou.
Segundo ele, a operação demonstrou "preparo, equilíbrio e firmeza" por parte da corporação e merece reconhecimento público.
Clamor por mais diálogo e sensibilidadeSe, por um lado, há quem valorize a presença mais constante da GCM como forma de prevenir crimes, por outro, a população em situação de vulnerabilidade social pede mais sensibilidade e respeito por parte dos agentes.
Organizações que atuam na defesa dos direitos humanos alertam que ações preventivas devem vir acompanhadas de políticas de acolhimento e assistência social, para evitar que casos assim gerem mais marginalização do que solução.