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A família de Jaqueline da Silva Gama, de 41 anos que morreu após ser atropelada por carro e arremessada a cerca de 30 metros clama por justiça, em Araraquara. O acidente aconteceu na madrugada do último sábado (3), no bairro do Parque São Paulo.
A filha da vítima Nicole Mendes de 16, disse que a mãe estava retornando depois de ter ido levar comida para uma prima quando o veículo desgovernado desce pela Rua Galileu Galilei, invade a praça Saturnino Gagliardi e atinge em cheio a vítima que atravessava a Avenida Francisco Martins Caldeira Filho. O motorista de 23, chegou a ser agredido por populares depois de tentar fugir do local.
“Ela estava indo levar comida para minha prima na praça, depois eu conversei com ela era 2h20, 2h30 e ás 2h35 eu recebi a notícia que minha mãe foi atropelada. Na hora que eu desci lá embaixo, vi toda a cena e o cara não estava lá tinha tentado fugir e apanhou da população”, relatou, emocionada.
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Segundo a adolescente, o sentimento de revolta aumentou após saber que o motorista teria admitido aos policiais ter usado entorpecentes antes do acidente. No entanto o teste do etilômetro, deu negativo para bebida álcoolica de acordo com boletim de ocorrência e um vídeo gravado de dentro do carro, mostra o condutor dirigindo em alta velocidade com uma jovem no banco da frente e um amigo incentivando atrás. A imagem termina e neste momento a polícia acredita que ele já tenha perdido o controle. (Clique Aqui e Assista).
“Eu gostaria que a Justiça impedisse a liberdade dele, porque o que ele fez não foi justo, o sentimento que eu tive na verdade, eu nem sei explicar fico até emocionada de falar, porque o vídeo foi muito feio. Tem menino incentivando e ele continuando. Então, na minha cabeça, ele fez isso porque ele quis”, desabafou.
Nicole também denunciou que existem possíveis falhas, no boletim de ocorrência que foi registrado. “Ele falou que tinha usado lança-perfume e o policial, pra mim, nem colocou isso. A Justiça foi falha até agora, minha mãe deixou quatro filhos e dois são deficientes eu quero justiça.”
Ederson Santos sogro da jovem, reforçou o apelo da família que luta por Justiça e continua indignada.
“A gente viu o que aconteceu, a barbaridade que o rapaz fez e a indignação aumentou quando soubemos que ele estava solto. Ele chegou lá, falou para o policial que tinha usado lança-perfume. Mesmo assim foi tratado como se nada tivesse acontecido isso não existe, tirou a mãe de três crianças que agora estão sem ela. A gente não vai abrir mão da justiça”, conta.
Ainda segundo Ederson, Jaqueline era uma mãe dedicada e extremamente paciente. “Ela cuidava dos filhos dela com amor nunca vimos ela maltratar ninguém. Ela tinha uma paciência que até minha esposa admirava. Estamos mal, arrasados com tudo isso.”
A Polícia Civil investiga o caso que foi registrado em boletim de ocorrência como homicídio culposo na direção de veículo automotor. O motorista foi levado à UPA do Melhado e liberado após ser ouvido, mas ainda assim, a família questiona a condução do caso e a ausência de medidas mais severas.
A comoção tomou conta das redes sociais, com moradores da região e amigos de Jaqueline que deixa quatro filhos: Nicole, uma menina de 11 anos, um menino de 6 e outro de 4, — sendo que um deles é autista e o outro possui uma deficiência nos pés. Ela também era avó de uma bebê de apenas 7 meses.
Se unindo ao clamor da família por justiça a filha da vítima encerra a entrevista com uma frase que resume a dor dos que ficaram: “Vou sentir falta de tudo. De tudo, de tudo, de tudo. Não sei nem como vou continuar.”